Octeto Entrevista: Denise

A quarta-feira chegou e com ela mais um Octeto Entrevista. A convidada de hoje vem lá do sul do país e é fã de um dos nossos octetes.

Com vocês, Denise, com quem tive mais um bate-papo muito bacana! Aliás, vocês leitores do blog do Octeto são todos excelentes de se entrevistar! Obrigada! Deixo um beijo para todos!!

Denise, nossa leitora

1. Quem é Denise? Fale-nos um pouco sobre você.
Sou natural de Rio Claro, interior de São Paulo, mas vim para o Paraná ainda bem pequena. Atualmente moro em Rolândia, uma pequena cidade no norte do estado (pertinho de Londrina). Sou formada em Comunicação Social pela UEL, sempre trabalhei com organização de eventos e hoje atuo na área de educação.

O ídolo

2. Para qual piloto e/ou equipe você torce?
Quem me conhece um pouquinho sabe que a minha torcida é toda para o Fernando Alonso, na minha opinião o melhor e mais completo piloto do grid. Já a McLaren sempre foi minha equipe preferida, com certeza influência da época do Ayrton Senna. Porém, esse conceito mudou depois da temporada 2007, e acho que nem preciso explicar o porquê...

O causador da paixão pela F-1

3. Quando e como começou a se interessar por F-1?
Meu interesse pela F1 começou quando eu ainda era uma adolescente, acho que em casa, vendo meu irmão e meu pai assistindo às corridas. E como já passei dos 30, vocês podem perceber que isso já tem bastante tempo. Costumo dizer que sou da “geração Ayrton Senna”, pois tive o privilégio de vê-lo correr, ganhar títulos e dar show. Daquele jeito, era impossível não se apaixonar pelo esporte.

4. Como você vê o interesse das mulheres pelo automobilismo?
Acho fantástico! Por que não? As coisas mudaram muito nas últimas décadas, tudo evoluiu, se modernizou. Consequentemente, o que não pertencia ao universo feminino, passou a pertencer. Mesmo assim, acho que o número de mulheres que gostam, entendem e acompanham a F1 para valer ainda é pequeno. Mas espero que, gradativamente, esse número vá aumentando, afinal, as opiniões femininas, quando inteligentes, sempre acrescentam de maneira original.

5. Como é ser uma mulher que gosta de automobilismo?
Eu me acho bem normal! Rsrsrsrs... Mas é claro que o preconceito existe. Não é unânime, mas existe. Lembro que quando comecei a postar em blogs especializados no assunto, sempre aparecia um desocupado a sugerir que nós, mulheres, deveríamos voltar aos “afazeres domésticos”, já que aquele não era um assunto para ser discutido por elas. Mas quer saber? Essa era a típica frase do marmanjo que esgotava os seus argumentos e não conseguia se impor, pois era convincentemente confrontado. Aí, ficava mais fácil “dispensar a oponente”. Mas acredito que esta é a postura de uma minoria.

6. O que a F-1 te ensinou de mais importante desde que você começou a acompanhar o esporte?
Não diria que foi a F1 que me ensinou, mas sim os esportes em geral. Acho que todo esporte nos traz, cada um a sua maneira, lições de superação, garra, determinação, força de vontade, espírito de equipe. E no caso da F1, isso não é diferente. Eu mencionaria a vitória majestosa e totalmente no limite do Senna em Interlagos, em 1991, como o exemplo crasso de onde a obstinação e a determinação de uma pessoa são capazes de levá-la.

7. O que você espera do restante da temporada?
Bom, diante da atual conjuntura, espero que ela termine! E, de preferência, com uma solução sensata para temporada 2010! Bom, falando sério, eu ficaria bem feliz se o desempenho das equipes se equilibrasse um pouco mais. A disputa é o combustível da F1 e o domínio absoluto de uma equipe ou piloto é sempre desestimulante (nada pessoal contra o Button!)

8. Qual a melhor e a pior característica da F-1 para você?
A melhor parte é a que está na pista. É a competição saudável entre pilotos e equipes; é a busca constante do limite; é o uso de novas tecnologias; é a disputa no braço; é o barulho arrepiante dos motores ligados. Já a pior, para mim, é justamente uma consequência disso tudo: a possibilidade constante de um acidente, e grave. (Talvez pior que isso, só mesmo uma disputa estúpida de poder capaz de arruinar a maior categoria do automobilismo mundial...)

9. Torcer por um piloto que não é brasileiro é algo complicado. Como você lida com o preconceito que isto acarreta?
Mesmo com toda a dificuldade (e bota dificuldade nisso!) da atual temporada, costumo dizer que torcer para o Alonso é fácil. Afinal, é sempre fácil torcer pelo melhor piloto ou pelo melhor time. Confesso que algumas colocações sobre ele me deixam indignada. No geral, são colocações infundadas, sem argumentos convincentes, vindas de pessoas que simplesmente não gostam do piloto. Tudo bem, é direito de cada um. Mas tirar as qualidades do Alonso como piloto é praticamente impossível, e os fatos estão aí para confirmar isso. Quanto ao quesito nacionalidade, nem perco meu tempo discutindo. Sempre torci pelo Senna, e me orgulhava pelo fato dele ser brasileiro. Mas torcia, acima de tudo, porque ele era o melhor. E continuo pensando da mesma forma, a diferença é que hoje, o melhor nasceu na Espanha.

10. Se você pudesse escolher um GP para assistir ao vivo, qual seria o seu escolhido?
Por todo seu glamour e tradição, Mônaco.

A razão de acompanhar a F-1 atual

11. O que só a F-1 tem?
O Fernando Alonso??? Rsrsrsrs... Bom, vou repetir uma frase que foi muito dita nos últimos dias: a F1 tem os melhores pilotos, as melhores equipes e a melhor tecnologia. E espero que assim continue...

Nós, o Octeto

12. Como você conheceu o Octeto Racing Team?
Agora fiquei na dúvida, mas de duas, uma: ou foi através do blog do Análise F1, ou do Guard Rail, blog da Pri.

13. Somos quatro personalidades diferentes aqui no Octeto. Juntas, personalizamos o blog. Como você, leitora, enxerga cada uma das “diretoras de equipe” mais loucas do mundo do automobilismo?
Sinceramente, gostaria de conhecê-las melhor. Saber um pouquinho mais sobre a vida e a maneira de pensar de cada uma. Mas o que posso afirmar, por enquanto, é que são quatro garotas do bem, donas de um total “alto-astral”, muito bem informadas, com opiniões próprias, e claro, completamente apaixonadas por F1.

14. Conhecendo as meninas do Octeto e os octetes, que característica você acha que cada uma de nós tem em comum com seu piloto preferido? Por exemplo, o que eu, Ludmila tenho em comum com Kimi ou com Jacques? Tatiana com Alonso, Vivian com Jenson e Luane com Nico?
Como mencionei na resposta anterior, acho que precisaria conhecê-las um pouquinho mais para responder com certeza. Mas acredito que a relação entre fã e ídolo segue uma linha semelhante de pensamento: ou admiramos alguém porque enxergamos nele(a) qualidades que também temos, ou porque vemos nele(a) qualidades que gostaríamos de ter. E acredito que com vocês isso não é diferente.

15. O que você acha que o blog do Octeto trouxe de diferente para a sua maneira de ver a F-1?
Não diria que o Octeto mudou a minha maneira de ver a F1, mas sim que me trouxe uma nova e ampla fonte de informação. Já mencionei isso outras vezes, e volto a repetir: vejo o Octeto como um dos melhores e mais completos blogs sobre o assunto. Graças à dedicação e ao comprometimento de vocês, esse é um espaço atual, informativo, inovador e repleto de matérias exclusivas. Parabéns pelo trabalho!

Bom gente, esta foi mais uma entrevista com nossos leitores. Espero que tenham gostado, pois na semana que vem temos mais um convidado. E novamente cruzaremos o oceano Atlântico...

Denise, obrigada pela participação e pelo carinho.

Beijinhos, Ice-Ludy