Octeto Entrevista: Carina

Oi pessoal? Hoje é dia de bate-papo com os leitores. Nossa seção Octeto Entrevista de hoje falou com Carina, outra integrante da AA (Armada Asturiana).

Foi uma conversa muito legal e tenho certeza de que vocês vão adorar!!!

A integrante da AA

1. Quem é Carina? Fale-nos um pouco sobre você.
Tenho 22 anos, nasci e vivo em Volta Redonda (RJ), sou uma corintiana doente, a procura de um emprego, apaixonada por animais, que vive no mundo da lua, sonhadora, e um pouquinho geniosa.

A equipe favorita

2. Para qual piloto e/ou equipe você torce?
Fernando Alonso, claro. Não tenho nenhuma preferência por uma equipe em especial. Talvez a Williams, equipe do primeiro piloto que eu aprendi a torcer na Fórmula 1 (Jacques Villeneuve), e a Renault, pela história que o Alonso construiu lá.

Onde tudo começou

3. Quando e como começou a se interessar por F-1?
Meu interesse pela Fórmula 1 tem duas fases. A primeira foi da menina pré-adolescente, que nem sabia direito o que era Fórmula 1, só queria mesmo saber de Villeneuve. Vocês não têm noção de como eu amava aquele piloto. Era Jacques na parede do quarto, na capa do caderno, na porta do guarda-roupa. Tipo o que as menininhas fazem hoje com o Jonas Brothers (?????????). Desta fase não restou muita coisa, além de um certo vazio e mágoa, pelas injustiças que fizeram com o Villeneuve.
Já a segunda fase, eu acompanhava a Fórmula 1 pelo esporte mesmo. Via todas as corridas da fase Schumacher (2000-2004), mesmo sem ter muita simpatia por ele. Até que em 2003 apareceu o Alonso. Foi na Hungria que minha admiração por ele começou. O primeiro piloto espanhol a vencer uma corrida, jovem. Será que é ele que vai bater o Schumacher? Dois anos depois veio a resposta. E eu virei fã de vez.

4. Como você vê o interesse das mulheres pelo automobilismo?
É ótimo saber que tantas mulheres se interessam por Fórmula 1. E que isso só tende a aumentar. Mulher tem um jeito bem particular de ver a Fórmula 1. Nós somos mais sensíveis, intuitivas, emotivas e isso, claro, influencia na forma de ver o esporte. No fim das contas a visão feminina da Fórmula 1 é bem interessante, e até os homens estão percebendo isso.

5. Como é ser uma mulher que gosta de automobilismo?
Não é muito fácil não. Pelo menos para esses lados de cá. Eu me lembro que quando eu cursava o Ensino Médio, toda segunda-feira pós-gp eu chegava com um jornal esportivo na escola. E todos os meninos pediam para ler. Eles discutiam sobre pneus, estratégias e quando eu me metia no meio da discussão, uns riam, outros zombavam. Mas depois de um certo tempo eles percebiam que eu não estava lá pra brincadeira (que meda!!), e no final até me chamavam para conversar. Mas isso está mudando. Aqui no blog mesmo a gente divide espaço com meninos super-educados e respeitosos.

6. O que você acha do preconceito de que o sexo feminino só curte corridas pela beleza dos pilotos?
Bobagem. É até um pouco contraditório. Para mulher a beleza é mais efêmera que para o homem, não tem tanta importância assim. Eu jamais torceria para um piloto de caráter duvidoso, mentiroso, desleal. Mesmo que ele fosse um Deus Grego. A beleza é só uma característica a mais. Só que as mulheres não escondem suas preferências físicas (muito pelo contrário) e são taxadas por isso.

AA

7. O que a Armada Asturiana (AA) significa para você?
Significa muito. Depois da AA a minha forma de ver as corridas nunca mais foi a mesma. Cada manobra do Alonso eu penso “Será que as meninas viram isso”. E a vitória em Singapura então? O que foi aquilo? Assim que terminou a corrida eu corri para cá pra ver o que as meninas tinham escrito, estavam sentindo, e encontrei todas enlouquecidas, eufóricas. Eu me sinto muito feliz, porque eu sei que não estou mais sozinha torcendo pelo Alonso. E porque as meninas são todas educadas, gentis, inteligentes, bem-humoradas (Jesus me chicoteia hahahaha... adoooro).

O preferido

8. Ser torcedora de Fernando Alonso é...
É se sentir orgulhosa, bem representada e saber que em cada curva, mesmo não tendo um carro competitivo ele vai lutar como se estivesse disputando o título.

9. Você torce por um piloto que não é brasileiro. Como você lida com o preconceito que isto acarreta?
Aff... Parece que é um crime não torcer pelos brasileiros. É renegar, ferir a pátria. KKKKKKK. Tô nem aí para isso. Na época daquele episódio do “vá cagare” eu quase apanhei na rua. Não torço mesmo. E ainda mais com esses pilotos brasileiros que estão aí. Torcer pelo chorão do Buáááárrichelo?? Ou pelo Felipríncipe? Deus me livre!!

Simpatia pelo Iceman

10. Qual dos octetes, além de Fernando te chama mais atenção? Pode ser por uma qualidade ou algo que você não goste.
Montoya e Kimi. Gosto dos dois. Mas eu não acompanho muito a carreira do Montoya desde que ele saiu da Fórmula 1. Já o Kimi, gosto do jeitão diferente dele. E depois do picolé então, fiquei fã.

11. Se você pudesse escolher um GP para assistir ao vivo, qual seria o seu escolhido?
Barcelona. De preferência com todas as meninas da Armada. Imaginem o bafom que seria.

12. Como você conheceu o Octeto Racing Team?
Através do meu irmão. Ele me disse “Você já viu esse blog. É feito só por mulheres, muito loucas (rs), e ainda tem o Alonso no meio.” Isso já tem um ano. Viciei no Octeto.

Vick, Ludy, Tati e Lu - GP do Brasil 2008

13. Somos quatro personalidades diferentes aqui no Octeto. Juntas, personalizamos o blog. Como você, leitora, enxerga cada uma das “diretoras de equipe” mais loucas do mundo do automobilismo?
É impressionante como vocês são diferentes. A Lu parece ser toda doce, tranqüila. A Vicky mais moderada, chic (luuuuxo), a Ludy emotiva, sensível, e a Tati, La típica chica española, fervorosa, defende os seus com unhas e dentes, tem personalidade forte.

14. Conhecendo as meninas do Octeto e os octetes, que característica você acha que cada uma de nós tem em comum com seu piloto preferido? Por exemplo, o que eu, Ludmila tenho em comum com Kimi ou com Jacques? Tatiana com Alonso, Vivian com Jenson e Luane com Nico?
Cada uma tem características dos seus ídolos. Isso é natural. A Tati principalmente na hora de mostrar suas opiniões. É firme, não fica em cima do muro. Lendo uma entrevista do Alonso parece que foi a Tati quem estava lá falando. O Button é todo educado, fino, e a Vicky, mesma coisa. Até na hora do momento meninas venenosas a garota é chique, sutil. E a Ludy é tão transparente quanto o Jacques. Mas a Lu se supera. Juro que desde que conheci o Octeto não consegui mais separar a imagem dos dois. Tem tudo a ver.

15. O que você acha que o blog do Octeto trouxe de diferente para a sua maneira de ver a F-1?
Ele me fez prestar mais atenção em tudo que envolve a Fórmula 1. Por ser um blog completo, que discute desde do Kers até as sandálias de gosto duvidoso da Raquelita, passando pelos regulamentos bizarros do Max Chicotinho e pelas camisolas da Michibata, a gente acaba se envolvendo e entendo de tudo um pouco, porque as quatro escrevem de maneira muito clara e fácil de entender.

É isto galerinha, espero que tenham gostado do meu bate-papo com a Carina, uma leitora muito querida.

Carina, obrigada pelo carinho e pelas palavras de apoio e elogios. Você é muito estimada por nós aqui no Octeto. Aliás, vocês leitores, são todos muito queridos por nós!!!

Beijinhos, Ice-Ludy