Octeto entrevista

Oi pessoal? Hoje temos mais uma excelente entrevista para vocês. Estou falando de um ferrarista apaixonado, nosso querido leitor Flávio de Castro.

Como já disse em outras ocasiões, a oportunidade de entrevistar vocês tem me deixado muito feliz, pois conhecer um pouco dos nossos leitores é realmente especial. Obrigada a todos pela participação.

Agora fiquem com a entrevista deste tifosi. É uma leitura imperdível. Garanto a vocês!


Flávio - o tifosi

1. Fale-me um pouco sobre você. Quantos anos você tem, de onde é, o que faz da vida atualmente?
Chamo-me Flávio Ferreira de Castro e tenho 38 anos. Nasci no Rio de Janeiro e lá vivi até os 20 anos quando me mudei para Minas Gerais, onde estou até hoje. Moro na aprazível cidade de Juiz de Fora, meu atual lar, a quem defendo apaixonadamente, pois devo muito a ela e a seu povo. Fica a poucas horas do Rio – e de Niterói também.
Aqui em Juiz de Fora me graduei em Direito, pela Universidade Federal. Atualmente, sou servidor público no Tribunal de Justiça de Minas Gerais e estou me especializando em Direito Público.

Kimi - para quem torce atualmente

2. Qual o seu piloto favorito e/ou equipe favorita e por quê?
Essa, quem acompanha o Octeto, já sabe: sou um ferrarista apaixonado, o que não me impede de reconhecer as fragilidades da equipe. Meu ídolo é Michael Schumacher, devoção que divido há alguns anos com Marcelo Costa, através do MSN.
Com a sua aposentadoria, comecei a prestar atenção em Kimi Räikkönen, e é por ele que venho torcendo, no vácuo deixado pelo alemão.
Daí que, levando em conta a performance do iceman e as trapalhadas da Ferrari em 2008, pode-se concluir que sou uma espécie de “sofredor”, como diriam no jargão futebolístico.


Seus companheiros de paixão - os tifosis

3. Quando e como começou a se interessar por F-1?
Curioso é que, quando era pequeno, não me interessava por Fórmula 1. Achava entediante. Até que numa visita a uma tia, em um domingo já perdido no tempo, chamou-me a atenção a TV ligada que transmitia uma corrida na qual um certo alemão da antiga Benetton se destacava.
É isso mesmo, não foi o Senna quem me trouxe pra F-1, mas o Michael. Com ele aprendi a amar o esporte. Com ele aprendi a amar a Ferrari.
Como vêem, devo ser uma anomalia, pois nunca me interessei pelo Senna, num país em que a rede de TV detentora dos direitos de transmissão dos GPs o transformou num semideus.

4. Qual foi a maior emoção que a F-1 já lhe trouxe? E a pior?
Bem, não sou o que se pode chamar de um expert em F-1, considero-me apenas um fã que entende um pouquinho. Por isso não sei precisar este ou aquele fato, ocorrido neste ou naquele GP, deste ou daquele ano, que me tenha marcado.
Assim, penso que a maior emoção que a F-1 me trouxe foi poder acompanhar as vitórias da Ferrari enquanto o Michael dela fazia parte. A combinação dos hinos alemão e italiano tocando no pódio, com a câmera exibindo um Michael emocionado, tinham sobre mim um efeito arrebatador, capazes de fazer meus domingos um pouco mais especiais do que o comum. De certa maneira, eu me sentia parte daquilo.
Quanto à pior emoção, não há dúvidas: é a raiva mesmo. Raiva de ver uma Ferrari sofrível como em 2008, raiva de ter que aturar o “Trio Parada Dura” – Galvão, Reginaldo e Burti – “narrando” as provas, além da raiva de ouvir o Galvão taxar o Schumacher de “Dick Vigarista”. Coisas desse tipo.
O consolo é que essa raiva é frágil, não vale a pena alimentá-la; aliás, nenhum tipo de raiva vale a pena.


Liderança é essencial

5. Na sua opinião, quais as características que um piloto deve ter para ser campeão do mundo?
Creio que, acima de tudo, deve ser um líder, capaz de trazer para si a responsabilidade do que a equipe espera dele e, com isso, saber administrar os recursos materiais e humanos à sua disposição na direção de um único objetivo: a vitória. A equipe, por sua vez, deve poder perceber esse objetivo no próprio olhar do piloto, acreditar ser parte desse projeto, de modo a criar essa sintonia com ele.
Em segundo lugar e, de certa forma, conseqüência da primeira característica, estaria o arrojo do piloto nas pistas; não há nada mais agradável do que ver um piloto se esforçando por buscar posições desde a largada até o final da prova.


Sua grande paixão: Scuderia Ferrari

6. Ferrari, o que significa este nome para você?
Significa uma paixão aguerrida, um time unido, talvez quase uma família e que, apesar das contrariedades, luta, esforça-se para superá-las. Significa a personificação de uma quase obstinação em tentar ser melhor. Daí o brilho no olhar dos mecânicos quando, do chão, admiram o seu piloto no pódio. Há uma cumplicidade ali que não consigo enxergar nas outras equipes.

7. Qual a melhor e a pior característica da F-1?
A melhor característica da F-1 seria a possibilidade que ela dá de que uma boa estratégia consiga mudar os rumos de uma corrida. Por diversas vezes vimos isso na época Schumacher/Ross Brawn/Jean Todt. É claro que naquela época a equipe Ferrari detinha carro e piloto excepcionais. Mas a estratégia da equipe também fazia a diferença, como o momento certo dos pit stops, a quantidade de gasolina no reabastecimento, a escolha do tipo de pneu, as ultrapassagens nos boxes, as incríveis voltas rápidas antes da parada para, logo após, voltar à frente.
Já a pior característica seria a “cartolagem”. Cartolagem que mantém as mesmas figurinhas na direção da FIA há anos; cartolagem que se preocupa menos com a beleza do esporte em si, do que com o dinheiro e as benesses que podem auferir; cartolagem que não investiga a fundo e não pune com o devido rigor os evolvidos em escândalos de espionagem; cartolagem que muda as regras às vésperas do início de um campeonato. Enfim, a cartolagem é a praga de todos os esportes; mas bem que poderia ser diferente na F-1.


O grande ídolo

8. Quem foi o maior piloto da história da categoria na sua opinião, e por quê?
Acho que serei repetitivo, mas vamos lá: devido à liderança que exercia na equipe, à capacidade de se recuperar de um acidente sério e retomar o histórico de bons resultados, à incrível característica que possuía de ganhar preciosos segundos em voltas rapidíssimas antes do pit stop, ao talento em extrair o máximo do carro, e à sua obstinação pela vitória, o maior piloto foi Michael Schumacher.


O melhor do grid

9. Atualmente, quem é o melhor do grid para você?
Apesar de torcer atualmente pelo Kimi, devo reconhecer que o melhor do grid atualmente é Fernando Alonso, justamente pelo crescimento que teve ao longo do último campeonato.

10. O que a F-1 tem que as outras categorias do automobilismo não têm?
Penso que o aspecto tecnológico é bem mais perceptível na F-1, além do seu glamour e universalidade, pois atualmente ela realiza grandes prêmios em todos os continentes. Não consigo perceber esse diferencial nas outras categorias do automobilismo.

11. Além da F-1, você acompanha outro esporte a motor?
Não, só a Fórmula 1. Esse negócio de ovais me dá um pouco de vertigem...

Planos...

12. Você já esteve em um GP do Brasil? Quando e qual foi sua emoção?
Infelizmente ainda não tive esta oportunidade, mas ainda pretendo ir.

13. Como você vê o aumento do interesse das mulheres pelo automobilismo?
Sensacional! Estão aí as meninas do Octeto que só fizeram minha paixão pela F-1 aumentar. Além disso, vocês possuem um olhar diferenciado, o que só enriquece o debate sobre o esporte.

14. Como você conheceu o Octeto Racing Team?
Conheci o Octeto através da indicação do Marcelo Costa, meu amigo virtual com quem debato a F-1, pelo MSN, há alguns anos. Ele é presença constante aqui no Octeto.

15. O que você acha que o blog do Octeto trouxe de diferente para a sua forma de ver a F-1?
Confesso que só passei a notar alguns aspectos da Fórmula 1 graças ao blog e ao podcast do Octeto. Assim, devo ao Octeto uma abertura de visão, a capacidade de enxergar a F-1 de modo mais global e não focado apenas em uma equipe, ou em um único piloto.
Além disso, o Octeto é um território livre, onde podemos debater o esporte que amamos, o que não nos é permitido fazer na TV e no rádio, portas estas fechadas ao torcedor brasileiro em nome bajulação e da alienação ufanista, portas de cuja chave apenas três pessoas detêm a cópia. Três únicas pessoas que, nos domingos em que há uma prova de F-1, só abrem uma pequena fresta, uma diminuta fresta dessa porta, a fim de que milhões e milhões enxerguem apenas o que eles desejam.
O Octeto é a porta sempre aberta e sem censura, por onde todos os amantes da F-1 são convidados a passar. E todos os que por ele passam, também recebem a chave desta porta.
Enfim, esse é o Octeto: o lugar onde a liberdade de expressão vem ao encontro da Fórmula-1.

Flávio querido, obrigada pelos lindos e carinhosos elogios. Ficamos realmente muito felizes com toda esta confiança e admiração pelo Octeto. Este tipo de reação de vocês leitores é que nos move! Sempre! Valeu!

That's all folks!! Até semana que vem, com mais um Octeto Entrevista!

Beijinhos, Ice-Ludy

Comentários

Jamyra disse…
pq vcs não entrevistam o pezolo? adoro o blog dele!!!!!!!!
Anônimo disse…
Parabéns pela ótima entrevista,esse é ferrarita mesmo....
Um Beijão lili
Assim a nós do Octeto ficaremos mal acostumadas!! Obrigada pelas palavras Flávio!!

bjinhos do Octeto, Tati
Bia disse…
O Schumy é polêmico,mas talento ele sempre teve de sobra e faz falta na f1...bela entrevista. bjs
Silvia disse…
"2. Qual o seu piloto favorito e/ou equipe favorita e por quê?
Essa, quem acompanha o Octeto, já sabe: sou um ferrarista apaixonado, o que não me impede de reconhecer as fragilidades da equipe. Meu ídolo é Michael Schumacher, devoção que divido há alguns anos com Marcelo Costa, através do MSN.
Com a sua aposentadoria, comecei a prestar atenção em Kimi Räikkönen, e é por ele que venho torcendo, no vácuo deixado pelo alemão.
Daí que, levando em conta a performance do iceman e as trapalhadas da Ferrari em 2008, pode-se concluir que sou uma espécie de “sofredor”, como diriam no jargão futebolístico."

Nooooooooossa...me identifiquei com essa resposta...tirando a parte do tal Marcelo Costa no MSN claro.

O.O

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